O diabetes é uma patologia já bastante conhecida, mas existe uma forma da doença chamada Diabetes Gestacional que pouca gente conhece. Como o próprio nome já diz, trata-se de uma condição que afeta as gestantes e que pode causar sérias complicações não só para a mãe, mas também para o bebê.
A melhor forma de evitá-lo é com boa informação e sabendo como se prevenir. Por isso, confira abaixo como funciona o Diabetes Gestacional, suas principais causas e de que maneira é possível controlar e prevenir a doença.
Como se desenvolve o Diabetes Gestacional?
Durante os 9 meses de gestação, a quantidade de açúcar ingerida pela mãe deve ser maior, já que o bebê precisa da glicose para crescer. Consequentemente, o pâncreas precisa trabalhar mais para produzir uma quantidade maior de insulina. Esta, por sua vez, é o hormônio responsável por levar o açúcar (glicose) para dentro das células ou então armazená-lo na forma de gordura.
Porém, alguns hormônios produzidos pela placenta podem inibir a produção de insulina. Resultado? A concentração de açúcar no sangue fica cada vez maior, gerando o Diabetes Gestacional.
E qual o grande problema disso? Pode ocorrer o crescimento do feto de maneira excessiva, também conhecido como Macrossomia Fetal. Isso por sua vez afeta na hora do parto, podendo causar o parto prematuro da criança. Esse é um problema que pode até influenciar na vida adulta da criança, favorecendo o desenvolvimento da obesidade.
Quais os sinais e sintomas?
Normalmente, não é comum identificar a presença de sinais ou sintomas desse tipo de diabetes. Por isso, é indicado que todas as gestantes façam exames periódicos a partir do 6º mês de gestação para monitorar as taxas de glicose em jejum. Valores iguais ou maiores que 92 mg/dl em jejum já é um bom motivo para maiores investigações.
Quais os principais fatores de risco?
Existem algumas mulheres que têm mais chances de desenvolver o Diabetes Gestacional quando comparada a outras. Por exemplo:
- idade materna avançada;
- ganhar muito peso durante a gestação;
- desenvolver sobrepeso ou obesidade nesse período;
- ter Síndrome do Ovário Policístico;
- histórico de bebês que nasceram com mais de 4 kg;
- histórico de Diabetes Gestacional;
- história familiar com parentes de 1º grau que tenham diabetes;
- gestação de gêmeos;
- hipertensão arterial.
Como é o tratamento?
Tratar, ou melhor, controlar o Diabetes Gestacional é algo simples, até porque, após o parto, essa condição se resolve por si mesma. Para controlar, além de fazer o monitoramento das taxas de glicose na corrente sanguínea, existem outras coisas que podem ser colocadas em prática.
Dieta balanceada
É interessante que a gestante se consulte com um nutricionista especializado no assunto. Ele poderá traçar uma dieta mais adequada às suas necessidades e as da criança. Se isso não for possível, você pode fazer algumas mudanças como substituir os carboidratos simples pela versão complexa.
Atividade física
Ao contrário do que muitos ainda podem pensar, a gestante pode e deve fazer exercícios físicos se o médico liberar. Como a atividade consome mais glicose, essa é uma ótima maneira de controlar as taxas de açúcar no sangue. A hidroginástica, por exemplo, é uma ótima opção, pois alivia o peso do corpo e não promove impactos articulares.
Terapia com insulina
Em alguns casos, a terapia com insulina pode ser necessária, mas isso só acontece em último caso, ou seja, quando as estratégias de dieta balanceada e atividade física não resolverem o problema. A quantidade de insulina necessária depende de cada caso.
Como prevenir?
Antes mesmo de iniciar a gestação, a mulher já deve manter uma dieta balanceada e saudável e a prática de exercícios físicos. Essa é a melhor maneira de focar na prevenção do Diabetes Gestacional. Outra boa maneira de fazer isso é seguindo todo o pré-natal conforme recomendado pelo médico. Assim, qualquer alteração poderá ser detectada antes que se torne um problema.
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