A palavra anemia não é incomum. Muitas pessoas podem apresentar anemia em algum momento da vida, porém, nesse caso, estamos falando da anemia ferropriva que, como o próprio nome já diz, trata-se de um tipo de anemia na qual há pouco ferro no sangue. Mas, para este conteúdo, vamos falar de um tipo diferente, vamos falar sobre a anemia falciforme.
Você também já deve ter ouvido falar sobre ela. No Brasil, há cerca de 3.500 novos casos todos os anos, ou seja, 1 para cada 1000 nascidos vivos. Estima-se que haja entre 25 e 30 mil brasileiros com anemia falciforme.
Vejamos abaixo um pouco mais sobre essa doença, quais as suas principais características e como é o tratamento. Confira!
O que é anemia falciforme?
A anemia falciforme é uma doença genética hereditária, ou seja, é passada entre as gerações, transmitida dos pais para os filhos. Trata-se da doença de ordem genética mais comum no país e tem como principal causa uma mutação no gene responsável pela fabricação da hemoglobina. Ao invés de produzir a célula de hemoglobina normal, a Hb A, o indivíduo portador da doença, possui a Hb S.
Os glóbulos vermelhos de pessoas sem a doença possuem um formato arredondado e são muito flexíveis. Essas características ajudam essas células a passarem facilmente pelos vasos sanguíneos. Dessa forma, consegue levar oxigênio para as mais diversas partes do corpo.
No caso da anemia falciforme, o gene defeituoso produz uma célula vermelha com um formato parecido com uma foice (daí o nome da patologia). Além de um formato diferente, ela também não possui a mesma elasticidade que a célula normal. Por conta disso, essas células costumam se acumular nos vasos mais estreitos, impedindo a chegada de oxigênio para os mais diversos locais do corpo.
Como ocorre a transmissão da anemia falciforme?
Esse tipo de anemia se manifesta em pessoas que receberam o gene tanto do pai quanto da mãe. O indivíduo doente desenvolve uma série de complicações desde o nascimento e se não tiver o tratamento adequado, a expectativa de vida reduz consideravelmente.
Se a pessoa recebe apenas o gene de um dos pais, ele é portador, mas a doença não se manifesta e nenhum sinal ou sintoma aparecerá.
Quais os principais sinais e sintomas?
A anemia falciforme pode provocar uma série de dores intensas justamente pela falta de oxigenação dos tecidos. Além desse sintoma, podemos encontrar outros como:
- fadiga intensa;
- retardo no crescimento;
- tendência a infecções;
- dores articulares;
- feridas nas pernas;
- palidez e icterícia (pele amarelada);
- cálculos biliares;
- podem aparecer problemas neurológicos, renais, pulmonares e cardiovasculares;
- priapismo (elevado desejo sexual).
Como é feito o diagnóstico?
Existe um exame laboratorial chamado eletroforese de hemoglobina que é específico para o diagnóstico da anemia falciforme. Mas ela também pode ser identificada por meio do Teste do Pezinho, que é realizado assim que a criança nasce.
Quais as formas de tratamento?
Quanto antes a patologia for diagnosticada melhor, pois assim é possível começar o tratamento ainda bem jovem, o que aumenta a expectativa de vida. Essa é uma patologia que tem controle e o tratamento é feito nos cuidados com os sinais e sintomas.
Por exemplo, para os casos das crises dolorosas, hidroxiureia é uma ótima opção. Já para as isquemias cerebrais de repetição, a medicina pode fazer uso da terapia de transfusão regular.
Atualmente, já é possível contar com a cura da anemia falciforme por meio do transplante alogênico de medula óssea. O grande problema nesse caso é que a maioria dos pacientes não consegue por causa da falta de compatibilidade e também por conta dos critérios de elegibilidade.
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